As mulheres se fazem de puritanas...

06/11/2013 20:21

     As mulheres se fazem de puritanas, mas de santas não têm nada.  Vamos ficar brabos com isso?

Passei a semana toda ouvindo a seguinte frase:  “as mulheres se fazem de santinhas, mas de santas não têm nada”. 
Até aqui no blog essa expressão costuma rondar. Não estou querendo dizer que me impressiono com isso, claro que não. Em inúmeros lugares percebe-se claramente que a mulherada está para curtir tão quanto os homens. 
 
É a menina que chega ao cara na balada. A tua colega de trabalho que usa um vestidinho ou um decote que te chama mais atenção do que os negativos da contabilidade. A mulher que te seca quando passa por ti na rua, pára no sinal do trânsito, em um passeio no shopping. Enfim. Inúmeras situações.
 
Mas, e nós, homens, vamos ficar brabos com isso? 
Vamos pensar que o melhor seria que elas continuassem nos servindo em casa, cuidando dos filhos, esperando que voltássemos do trabalho com a comidinha pronta? 
A ideia seria termos, para sempre, uma escrava ou uma serviçal? 
Acho que todo homem concorda que, na dose certa, essa liberação, essa falta de santidade, é muito benéfica. E nem digo em termos de curtição. Vou pegar o outro lado da moeda, o casamento. 
 
Duvido que um homem não prefira que sua mulher goste de aventuras (com ele, claro). 
Que procure — e queira — as mais diferentes coisas para fazer em termos de lazer, entretenimento. Qual homem não gosta de exibir sua mulher.
 
 Mostrar para todo mundo o quão linda, inteligente, culta, eloquente é a belezoca que está do seu lado. E aqui a belezoca pode ser gorda, magra, alta, baixa… Não importa: é a sua belezoca. E isso que importa. 
Ah, e ainda: além de tudo isso, também ter sua comidinha pronta quando chegar em casa. Mas porque ela quer fazer, não por obrigação.
 
Na medida certa, essa falta de santidade feminina é benéfica para o homem. O que sinto é que muitas vezes não sabemos usar esse detalhe a nosso favor. Preferimos ser preconceituosos e chamá-las de todos os adjetivos baixos possíveis e que se encaixem no sinônimo de prostitutas. 
 
Mas, por que, samba-cancioneiro? 
Você conseguiu ter três mulheres na noite passada. Por que ela não pode ter quatro? Você é o garanhão. Ela é… bem, nós sabemos o que ela é.
 
Mesmo que digam que este texto foi feito por uma mulher, percebo que muitos samba-cancioneiros já aprenderam que não adianta continuarmos nesta eterna guerra do sexo. Assim como já percebi, também, que algumas das mulheres que comentam confundem liberdade com libertinagem. 
 
Se todos, homens e mulheres, soubessem entender o que significa liberdade, não precisaria haver libertinagem. 
E garanto que todos ganhariam ainda mais. 
Seja em relacionamentos sérios e fixos ou, principalmente, no que mais gostamos: sexo.
 
By Moreno Jambo/Cythia Lemos